O Milagre de Lanciano
Há mais
de 12 séculos deu-se grande e prodigioso milagre eucarístico
na Igreja Católica.
Por
volta dos anos 700, na cidade italiana de Lanciano (antigamente
Anciano), viviam no mosteiro de S.Legoziano os Monges de
S.Basílio e entre eles havia um que se fazia notar mais
por sua cultura mundana do que pelo conhecimento das coisas
de Deus. Sua fé parecia vacilante, e ele era perseguido
todos os dias pela dúvida de que a hóstia consagrada fosse
o verdadeiro Corpo de Cristo e o Vinho o Seu verdadeiro
Sangue.
Mas,
a Graça Divina nunca o abandonou, fazendo-o orar continuamente
para que esse insidioso espinho saísse do seu coração.
Foi
quando, certa manhã, celebrando a Santa Missa, mais do que
nunca atormentado pela sua dúvida, após proferir as palavras
da Consagração, ele viu a hostia converte-se
em Carne viva e o vinho em Sangue
vivo. Sentiu-se confuso e dominado pelo temor,
diante de tão espantoso milagre, permanecendo longo tempo
transportado a um êxtase verdadeiramente sobrenanural.
Até
que, em meio a transbordante alegria, o rosto banhado em
lágrimas, volto-se para as pessoas presentes e disse :
- "Ó bem-aventuradas testemunhas diante de quem ,
para confundir a minha incredualidade, o Santo Deus quis
desvendar-se neste Santíssimo Sacramento e torna-se visível
aos nossos olhos. Vinde, irmãos, e admirai o nosso Deus
que se aproximou de nós. Eis aqui a Carne e o Sangue do
nosso Cristo muito amado!"
A
estas palavras os fiéis se precipitaram para o altar e começaram
também a chorar e a pedir misericórdia. Logo a notícia se
espalhou por toda a pequena cidade, transformando o Monge
num novo Tomé.
A
Hóstia-Carne apresentava, como ainda hoje se pode observar,
uma coloração ligeiramente escura, tornando-se rósea se
iluminada pelo lado oposto, e tinha uma aparencia fibrosa;
o sangue era de cor terrosa (entre o amarelo e o ocre),
coagulado em cinco fragmentos de forma e tamanho diferentes.
Serenada
a emação de que toso o povo foi tomado, e dadas aos Céus
as graças devidas, as relíqueas foram agasalhadaaaas num
tabernáculo de marfim, mandado construir pelas pessoas mais
credenciadas do lugarejo.
A
partir de 1713, até hoje, a Carne passou a ser conservada
numa custódia de prata, e o sangue, num cálice de cristal.
Aos
reconhecimentos eclesiásticos do Milagre, a partir de 1574,
vieo juntar-se o pronunciamento da Ciência moderna através
de minuciosas e rigorosas provas de laboratório.
Foi
em novembro de 1970 que os Fades Menores Conventuais, sob
cuja guarda se mantém a Igreja do milagre (desde 1252 chamada
de S.Francisco), decidiram, devidamente autorizados, confiar
a dois médicos, de renome profissional e idoneidade moral,
a análise cientifica das relíquias. Para tanto, convidaram
o Dr. Odoardo Linoli, Chefe de Serviço dos Hospitais Reunidos
de Arezzo e livre docente de Anatomia e Histologia Patológica
e de Química e Microscopia Clinica, para, assessorado pelo
Prof. Ruggero Bertelli, Prof. Emérito de Anatomia Humana
Normal na Universidade de Siena, proceder os examos.
Após
alguns meses de trabalho, exatamente a 4 de Março de 1971,
os pesquisadores publicaram um relatório contendo o resultado
das análises :
*
A Carne é verdadeiramente carne.
* O Sangue é verdadeiramente sangue.
* A Carne é do tecido muscular do coração (miocárdio,
endocárdio e nervo vago)
* A Carne e o Sangue são do mesmo tipo sanguineo
(AB) e pertecem à espécie humana.
* Coincidência extraordinária : É i mesmo tipo
de Sangue (AB) encontrado no Santo Sudário de Turim.
* Espanta : trata-se de carne e sangue de uma
pessoa viva, vivendo atualmente, pois que esse sangue é
o mesmo que tivesse sido retirado, naquele mesmo dia, de
um ser vivo.
* No Sangue foram enontrados, além das proteínas
normais, os seguintes minerais : cloretos, fósforo, magnésio,
potássio, sódio e cálcio.
* A conservação da Carne e do Sangue, deixados
em estado natural por 12 séculos e expostos à ação de agentes
atmosféricos e biológicos, permanece um fenômeno extraordinário.
E
antes mesmo de redigirem o documento sobre o resultado das
pesquisas, realizadas em Arezo, os Doutores Linoli e Bertelli
enviaram aos Frades um telegrama nos seguintes termos :
"E O VERBO
SE FEZ CARNE!"
"É
assim que o milagre de Lanciano, desafiando a ação do tempo
e todo a lógica da ciência humana, se apresenta aos nossos
olhos como a prova mais viva e palpável que o "Comei
e bebei todos vós, isto é o meu Corpo que é dado por vós"
mais do que uma simples simbologia, como possa parecer,
é o sinal divino de que no Sacramento da Cominhão está o
alimento de nosso espirito, da nossa fé, da nossa esperança
nas Promessas de Cristo, para a nossa salvação :
"Aquele
que come a minha Carne e bebe o meu Sangue tem a vida eterna,
e eu o ressuscitarei no ultimo dia" (Jo.6,54)
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