Osmogênese Milagrosa
Em cadáveres
de santos-
Se certos
fenômenos de osmogênese (exalar perfume
- do grego gêneses=produção;
osmé=odor) em vida
são difíceis de serem explicados, muito
mais o são na morte e depois, quando pela
lei natural, segue a deteriorização e consequente
estado de putrefação. Quando se poderia
esperar emanações féticas provenientes da
decomposição, surge do cadáver de muitos
santos, um aroma próprio, característico,
não identificável com aromas naturais ou
artificiais, duradouro. É a isto que se
denomina "odor de santidade". Durante toda
a história este fato só foi verificado com
o corpo de alguma pessoa santa, sempre no
meio católico.
Um dos casos
melhor comprovados é de santa Teresa de
Jesus. Durou a osmogênese pelo menos 6 anos
após sua morte com muitas verificações
Uma
sucinta relação de nomes de santos mais
conhecidos que se verificou a osmogênese
em seus corpos:
São João de Deus: Vinte anos depois da
sua morte, seu corpo exalava suave perfume.
São Pascoal Bailão: 19 anos depois, por
exumação do corpo incorrupto emanava suave
fragrância.
São João Facundo: 54 anos após sua morte,
por ocasião de sua transladação, emanou
extraordinária fragrância.
São Vicente de Paula: 77 anos após a morte,
apesar de estar seu corpo reduzido a pó,
dele provinha o típico "odor de santidade".
São Tomás de Vilanova: 27 anos depois,
uma fragrância notável.
Santa Teresa de Ávila: com maravilhosa
fragrância, 6 anos após.
São João Câncio: 130 anos após, do corpo
reduzido a pó, emanavam suaves odores.
Os exemplos citados, para não aumentar indefinidamente
o número, são bastante para dar uma idéia
da extensão do fato inexplicável do "odor
de santidade" verificado em cadáveres, incorruptos
ou não, em meio católico.
Se é possível que em vida de algumas
pessoas, santas ou não, se verifique o fenômeno
da osmogênese e que este fato tenha uma
explicação natural, telérgica, exteriorização
e transformação da energia somática em determinadas
situações de excitação psicológica ou parapsicológica,
esta mesma explicação se torna insustentável
ao se tratar de um corpo morto.
Poderia ainda pretender-se alguma
explicação natural desconhecida quando o
fato é verificado logo depois da morte ou
poucos dias depois: talvez fosse uma continuação
ou consequência no cadáver do influxo sobre
o organismo. Mas
nenhuma ciência poderá explicar o fato,
verificado há muitos séculos, que continua
ocorrendo e que está confirmado por estudos
aprofundados, do "odor de santidade" nas
suas características específicas e, significativamente,
fenômeno relacionado exclusivamente com
santos católicos.
Em
lugares-
Embora muito
rara, a osmogênese supranormal ou milagrosa,
como pode ser verificada com determinados
cadáveres de santos, é também verificada
em determinados locais, independente de
pessoas, mas ligada a alguma manifestação
divina. No dia 12 de Abril de 1947 Bruno
Cornacchiola acompanhado por seus tres filhos,
Isola de 10 anos, Carlo de 7 e Gianfranco
de 4 anos estava dando um passeio pelo campo,
nas proximidades de uma gruta. Gianfranco
olha para a gruta e cai de joelhos, com
as mãos postas dizendo: "Que bela Senhora,
que bela Senhora". Sucessivamente acontece
com os demais e finalmente com o Pai que
era totalmente indiferente religiosamente.
A "aparição" (visão) dizia chamar-se Nossa
Senhora da Revelação. O local ficou sendo
conhecido como : " A gruta das três fontes",
e as curas de sucederam contando-se entre
elas verdadeiros milagres, milagres atestados
e bem verificados por médicos e parapsicólogos.
Neste local, conforme relata o médico Dr.
Roberto Alliney,além de outros milagres,
constatou-se a osmogênese milagrosa. O odor
suave foi percebido nas mais diversas horas
do dia, em várias temperaturas diferentes,
com chuva ou com sol, com vento ou sem ele.O
que poderia se esperar da gruta seria justamente
o contrário, uma vez que a gruta era local
de despejo de lixo, cheia de imundice.
Esta osmogênese
sobrenatural (milagrosa), tão claramente
superior à osmogênese natural (parapsicológica),
foi um dos milagres que deu fundamento científico-parapsicológico
ao teólogo para deduzir que aquela "aparição"
(visão), alucinatória em sí mesma era providencial,
pretendida por Deus.
Todas
as circunstâncias naturais verificam-se
em outras pessoas, só a doutrina é diferente.
Seria absurdo atribuir o "odor de santidade"
à doutrina em sí mesma. Não fica, pois,
senão aceitar que o "odor de santidade"
( assim como todo Milagre autêntico) é realizado
por Deus para confirmar precisamente a Doutrina.
É inútil dizer que excluímos qualquer possibilidade
de explicação natural ao afirmar uma osmogênese
milagrosa. Não nos referimos à prática dos
primeiros cristãos de jogarem nos corpos
dos mártires, suaves perfumes como símbolo
de imortalidade. Esta explicação racionalista
poderá solucionar talvez alguns casos antigos.
Concordamos também com o bolandista Victor
de Buck em que alguns casos de fragrância
exalada da tumba podiam proceder de ervas
aromáticas colocadas no ataúde.
Tais não são as explicações científicas
do fenômeno em outros casos, tantas vezes
verificados, e onde é excluída qualquer
possibilidade de faculdades humanas. (de
ser um fenômeno natural); ou seja não tem
explicação.
São fatos de todo fora de
série, inexplicados e inexplicáveis. Em
ambiente religioso, católico; perante
os quais é impossível permanecer indiferente,
cético, ou simplesmente negar a realidade.
Cabe
à ciência, uma vez que o fato é perceptível
pelos sentidos, analisá-los e tentar explicá-los,
estabelecer a superação das possibilidades
de uma explicação natural.
Corresponderá então à ciência verificar
o ambiente em que aconteceu tal fenômeno
sobrenatural, deixando após isso, o fato
à teologia.
José Lorenzatto
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