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São os primeiros momentos da liturgia da missa.
Objetiva estabelecer um clima de acolhimento dos fiéis, levando-os
à unidade e preparando-os para a celebração litúrgica do dia que ora
inicia-se. É um momento breve, que antecede a proclamação da Palavra
de Deus, mas que motiva a participação da comunidade pelo resto da
celebração.
- COMENTÁRIO INTRODUTÓRIO
O comentário introdutório, feito pelo
comentarista da celebração, marca, de certa maneira, o início
da Santa Missa. Em algumas comunidades é precedido pelo som do
sininho, que indica aos fiéis presentes para que interrompam suas
orações particulares e se unam na Oração Oficial e Comum da Igreja.
O comentário inicial convida a participação
coletiva dos fiéis e visa criar um ambiente propício para a oração
e a fé. Em geral, o comentário situa os presentes num determinado
"tema" que será abordado mais profundamente nas leituras da Bíblia,
durante o Rito da Palavra. Por exemplo: numa missa de corpo presente,
chamará a atenção para a alegria do encontro com Deus e da esperança
da ressurreição; no Natal, para a Encarnação do Verbo, prevista
pelos antigos profetas; na Páscoa, para a ressurreição de Cristo,
que marca a vitória sobre a morte e alcança a salvação para o
gênero humano...
A assembléia pode ouvir o comentário sentada,
uma vez que a celebração, de fato, só tem início com o Canto de
Abertura, quando o sacerdote e os demais ministros entram em procissão,
como veremos a seguir.
Sobre o comentarista em si, observamos
que ele deve ser discreto, evitando chamar a atenção dos fiéis
sobre si. Deve, quando for possível, ocupar um lugar afastado
do altar e usar roupas de cores suaves e cortes discretos. Também
deve ser uma pessoa preparada para o ofício: sua voz não deve
jamais se sobrepor ao do sacerdote, presidente da celebração;
deve falar olhando para a assembléia de fiéis de forma breve,
clara e sem pressa (logo, não pode ser uma pessoa tímida, nem
com dificuldades de fala ou leitura). Nas comunidades que não
utilizam folhetos litúrgicos pré-impressos, cabe ao comentarista
preparar os comentários, uma vez que ele também faz parte da Equipe
de Celebração. Havendo missas em diversos horários, poderão os
diversos comentaristas prepararem um único e mesmo comentário;
neste caso, cada comentarista pode "assumir" um determinado horário
ou, se for oportuno, poderá ser adotado o revezamento de comentaristas
nos diversos horários (o primeiro caso favorece o comentarista
pois, acostumando-se com as pessoas que costumam a freqüentar
aquele certo horário, acaba por vencer naturalmente a timidez,
ganhando maior segurança; o segundo caso, porém, favorece mais
a comunidade pois a diversidade de vozes pode quebrar qualquer
sentimento de monotonia que a mesma voz de sempre pode causar
- é preciso recordar que, infelizmente, poucas são as comunidades
que contam com mais de um padre e, por isso, é importante variar
as vozes onde for possível).
- CANTO DE ABERTURA
O Canto de Entrada ou Canto de Abertura,
como é menos conhecido, ainda que tenha um sentido mais íntimo
com o significado original, marca o início oficial da celebração
litúrgica, motivo pelo qual todos deverão ficar de pé. Caso a
comunidade não se coloque nesta posição espontaneamente, cabe
ao cantor fazer esse convite; o convite somente deverá partir
do comentarista quando inexistir a figura do cantor na comunidade
ou quando as músicas forem cantadas por um coral.
Enquanto este canto está sendo executado,
o sacerdote, juntamente com seus ministros, se dirige - geralmente
pelo corredor central do templo - para o altar, onde será oferecido
o Santo Sacrifício.
a. O Canto em Si
O Canto de Abertura, assim como os demais
cantos, deve expressar ligação com o "tema" da missa. Não tem
nexo cantar músicas que abordem o Nascimento de Cristo na missa
de Páscoa, da mesma forma como é sem sentido cantar músicas que
louvem a vida de Nossa Senhora na solenidade de São Pedro e São
Paulo... Por isso, as músicas que deverão ser cantadas durante
a celebração da Santa Missa não devem ser escolhidas na última
hora pelo(s) cantor(es); ao contrário, devem ser fruto de um certo
amadurecimento, após acordo entre todos os componentes da Equipe
de Celebração (comentarista, leitores, cantores, liturgistas e,
inclusive, o próprio sacerdote).
Quando a comunidade não segue folhetos
litúrgicos pré-impressos, torna-se também possível mesclar músicas
de "missas diversas", isto é, desde que a comunidade possua um
considerável acervo de partituras e as letras dessas músicas se
enquadrem perfeitamente com a liturgia ("tema") do dia.
Na verdade, quero chamar a atenção para
o planejamento, isto é, para o cuidado de seleção
das músicas. Não existe nada pior quando participamos de uma missa
onde a espontaneidade (que é, sem dúvida, algo louvável) dá margem
para o abuso, principalmente em termos musicais, pela falta de
preparo da liturgia, o que reflete um certo desdém para com as
coisas de Deus. O que tem a ver cantar "Noite Feliz" em plena
Semana Santa?? Se você responder: "Nada!" então entendeu muito
bem o que quero dizer e, certamente, já deve ter visto (ou melhor,
ouvido) isto ou até mesmo coisas piores...
b. O Cantor
A música pode ser cantada de diversas
formas: por um cantor, por uma dupla ou trio, por um coral, ou
por toda a comunidade, sem a presença necessária de alguém para
"puxar" a música oficiamente.
Havendo cantor(es), com a exceção de coral,
este(s) também deve(m) usar roupas de cores e cortes discretos,
como já vimos quando abordamos sobre o comentarista. Deve-se evitar
ao máximo cantores reconhecidamente "desafinados", para não transformar
a missa em verdadeiro suplício para a assembléia; neste caso,
é melhor deixar o canto sob responsabilidade de toda a comunidade
pois, assim, o afinação de alguns encobre (ou melhor, equilibra)
a desafinação de outros... Havendo a participação de um coral,
estes poderão usar roupas padronizadas ou não e, devem, quando
as condições do templo permitirem, utilizar o coro, geralmente
localizado na parte de trás e sobre o pórtico principal (isto
porque, na verdade, é o local mais apropriado por causa da acústica).
As músicas poderão ou não ser acompanhadas
por instrumentos musicais. Em geral utiliza-se o órgão ou o violão,
mas isto não impede que outros instrumentos sejam usados. O importante
é que não haja abusos, transformando a missa num show de rock
(o centro das atenções é Deus, a quem adoramos, e o ponto alto
da missa é a consagração do Pão e do Vinho, e jamais o grupo musical,
o cantor, ou quem quer que seja). Esta observação é fundamental
porque infelizmente tais abusos não ocorrem com rara frequência...
c. A Genuflexão e o Beijo no Altar
Quando o sacerdote e seus ministros chegam
diante do altar, fazem uma genuflexão simples em sinal de reverência;
a seguir, os ministros dirigem-se para os seus lugares e o sacerdote
vai até o altar e o beija, em sinal de veneração; com este gesto,
não está venerando a pedra ou a madeira, mas o próprio Jesus Cristo,
que é o centro da nossa fé. Se estiver usando incenso, deverá
incensar o altar, em toda a sua volta: será ali que será oferecido
o Santo Sacrifício, durante o Rito Sacramental.
Após isso, o sacerdote se dirigirá para
a sua cadeira, diante ou atrás do altar e aguardará o término
da execução do Canto de Abertura.
- ACOLHIDA
Encerrado o Canto de Abertura, o sacerdote
presidirá o Sinal da Cruz, invocando a Santíssima Trindade:
- Em nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo!
Ao que toda a comunidade, em um só coro,
responderá com um breve e sonoro Amém.
Toda celebração cristã começa e termina
com este sinal. A cruz, segundo o sublime ensinamento de São Paulo,
é sinal de vergonha e morte para os descrentes e pagãos, mas é,
ao mesmo tempo, sinal de vitória e orgulho para os cristãos: foi
por sua morte na cruz que Cristo nos reconciliou com o Pai e nos
alcançou a Salvação; foi por sua morte na cruz que Cristo ressuscitou
dentre os mortos, vencendo a morte - salário que todo homem comum
recebe por seu pecado - e nos garantiu a esperança da ressurreição
de nossos próprios corpos.
Ao fazermos o sinal da cruz, professamos
que o nosso pensamento (cabeça), vontade (peito) e ações (ombros)
estão voltados para Deus, estando em harmonia com a Santíssima
Trindade e sob a proteção de Deus.
- SAUDAÇÃO
Feito o sinal da cruz, o sacerdote abre
os seus braços, em sinal de acolhida, e saúda toda a assembléia
presente. Para isso, pode fazer uma saudação espontânea, envolvendo
o amor e paz da Santíssima Trindade, ou usar qualquer uma das
fórmulas sugeridas:
- A graça de nosso Senhor Jesus Cristo,
o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco!
- A graça e a paz de Deus, nosso Pai,
e de Jesus Cristo, nosso Senhor, estejam convosco!
- O Senhor que encaminha os nossos
corações para o amor de Deus e a constância de Cristo esteja
convosco!
- O Deus da esperança, que nos cumula
de toda alegria e paz em nossa fé, pela ação do Espírito Santo,
esteja convosco!
- A vós, irmãos e irmãs, paz e fé da
parte de Deus, o Pai e do Senhor Jesus Cristo!
- Irmão eleitos segundo a presciência
de Deus Pai, pela santificação do Espírito, para obedecer a
Jesus Cristo e participar da bênção da aspersão do seu Sangue:
graça e paz vos sejam concedidas abundantemente!
A comunidade, então, responderá alegremente:
Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
O sacerdote também poderá saudar a assembléia
com um simples: O Senhor esteja convosco! Neste caso, a
comunidade deverá responder: Ele está no meio de nós!.
Se o presidente da celebração não for padre, mas sim bispo, poderá
ele saudar com: A Paz esteja convosco! Ao que responderá
a assembléia: O amor de Cristo nos uniu!
- ANTÍFONA DE ENTRADA
São breves palavras que o sacerdote ou
o diácono fazem para introduzir os fiéis na missa do dia. Em regra,
costuma a ser um versículo bíblico que tenha total ligação com
o "tema" da missa, com as leituras que serão feitas durante o
Rito da Palavra.
Ainda que muitas celebrações não a levem
em conta, passando despercebida, a Antífona de Entrada não deve
ser omitida, pois possui particular beleza e sentido.
- ATO PENITENCIAL
O Ato Penitencial é um convite que o sacerdote
faz para que todos façam um exame de consciência e reconheçam
os seus pecados. Na verdade, todos nós somos pecadores. São João,
em sua primeira epístola diz: "Aquele que disser que não possui
pecado é um mentiroso".
No nosso dia-a-dia, muitas vezes sem querer
e até sem perceber, cometemos pecados que nos afastam da amizade
de Deus. Pecamos por pensarmos em coisas que não são dignas de
um verdadeiro cristão, por proferirmos palavras ofensivas ou duvidosas,
por atos que prejudicam outros irmãos e até mesmo omissões, quando
ficamos em cima do muro, não querendo nos envolver em algo que
vemos de errado...
Devemos, assim, fazer penitência e arrepender-nos
do pecado. Não um arrependimento de palavras, mas um arrependimento
sincero e consciente. Pelo Ato Penitencial nos reconciliamos com
Deus e com os nossos irmãos e temos o perdão dos nossos pecados.
Porém, o Ato Penitencial não pode ser confundido com o Sacramento
da Penitência (Confissão), já que, se tivermos pecado gravemente
deveremos, antes, confessar esses pecados para recebermos a absolvição
sacramental. O Ato Penitencial tem, assim, eficácia sobre os pecados
leves, veniais, e não sobre os graves, mortais.
O Ato Penitencial propriamente dito deve
ser precedido do convite para a penitência. Este convite deve
ser feito pelo sacerdote e pode ser espontâneo ou seguir uma fórmula
pré-estabelecida como, por exemplo:
- Irmãos e irmãs, reconheçamos as nossas
culpas para celebrarmos dignamente os santos mistérios.
- O Senhor Jesus, que nos convida à
mesa da Palavra e da Eucaristia, nos chama à conversão. Reconheçamos
ser pecadores e invoquemos com confiança a misericórdia do Pai.
- No dia em que celebramos a vitória
de Cristo sobre o pecado e a morte, também nós somos convidados
a morrer ao pecado e ressurgir para uma vida nova. Reconheçamo-nos
necessitados da misericórdia do Pai. (Se for domingo)
- No início desta celebração eucarística,
peçamos a conversão do coração, fonte de reconciliação e comunhão
com Deus e com os irmãos e irmãs.
- De coração contrito e humilde, aproximemo-nos
do Deus justo e santo, para que tenha piedade de nós, pecadores.
- Em Jesus Cristo, o justo, que intercede
por nós e nos reconcilia com o Pai, abramos o nosso espírito
ao arrependimento para sermos menos indignos de aproximar-nos
da mesa do Senhor.
- O Senhor disse: "Quem dentre vós
estiver sem pecado, atire a primeira pedra". Reconheçamo-nos
todos pecadores e perdoemo-nos mutuamente do fundo do coração.
Após um momento de pausa, para que possamos
analisar nossa consciência, faz-se, de fato, o ato de penitência,
que pode ser de vários tipos: falados, dialogados ou cantados.
O mais comum é aquele em que o comentarista
faz três reflexões e, ao final de cada uma delas, diz, respectivamente:
Senhor, tende piedade de nós; Cristo, tende piedade de nós;
Senhor, tende piedade de nós, ao que é repetido, logo após,
por toda a comunidade arrependida. Por exemplo:
Comentarista: "Senhor, que na água e
no Espírito nos regenerastes à vossa imagem, tende piedade de
nós."
Assembléia: "Senhor, tende piedade de nós".
Comentarista: "Cristo, que enviais
o vosso Espírito para criar em nós um coração novo, tende piedade
de nós."
Assembléia: "Cristo, tende piedade de nós".
Comentarista: "Senhor, que nos tornastes
participantes do vosso Corpo e do vosso Sangue, tende piedade
de nós".
Assembléia: "Senhor, tende piedade de nós".
Pode, entretanto, o próprio sacerdote
emendar seu convite inicial com um "Confessemos os nossos pecados".
Neste caso, a assembléia reconhecerá publicamente os seus pecados,
dizendo:
Confesso a Deus todo-poderoso e a vós,
irmãos e irmãs, que pequei muitas vezes, por pensamentos e palavras,
atos e omissões, por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço
à Virgem Maria, aos Anjos e Santos, e a vós, irmãos e irmãs, que
rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.
Trata-se, como vemos, de um reconhecimento
de todo tipo de culpa (pensamentos, palavras, atos e omissões)
juntamente com um pedido de intercessão à Igreja Triunfante e
Militante: a chamada comunhão dos santos.
Ao invés, o sacerdote pode entrar em diálogo
com a assembléia, suplicando:
- Sacerdote: "Tende compaixão de nós,
Senhor".
- Assembléia: "Porque somos pecadores".
- Sacerdote: "Manifestai, Senhor, a
vossa misericórdia".
- Assembléia: "E dai-nos a vossa Salvação".
Nestes dois casos, terminado o reconhecimento
da culpa ou o diálogo, deve-se fazer a invocação de Cristo, de
forma simples:
Sacerdote: "Senhor, tende piedade de
nós".
Assembléia: "Senhor, tende piedade de nós".
Sacerdote: "Cristo, tende piedade
de nós".
Assembléia: "Cristo, tende piedade de nós".
Sacerdote: "Senhor, tende piedade
de nós".
Assembléia: "Senhor, tende piedade de nós".
Ou, então, se quiser usar de mais simbolismo,
poderá o sacerdote percorrer a assembléia, aspergindo água benta
e dialogando:
- Sacerdote: "'Derramarei sobre vós
uma água pura. Sereis purificados de todas as vossas faltas
e vos darei um coração novo' - diz o Senhor. Tende piedade de
mim, ó Deus!"
- Assembléia: "Segundo vossa grande
misericórdia!"
- Sacerdote: "Glória ao Pai e ao Filho
e ao Espírito Santo!"
- Assembléia: "Assim como era no princípio,
agora e sempre. Amém!"
Pode, ainda, o Ato Penitencial ser cantado.
Existem diversas músicas para esse fim. Eis duas delas:
Cantor: "Senhor que viestes salvar os
corações arrependidos".
Assembléia: "Piedade, piedade, piedade de nós". (bis)
Cantor: "Oh Cristo que viestes chamar os pecadores humilhados".
Assembléia: "Piedade, piedade, piedade de nós". (bis)
Cantor: "Senhor que intercedeis por nós junto a Deus Pai que
nos perdoa".
Assembléia: "Piedade, piedade, piedade de nós". (bis)
ou
Cantor: "Senhor, tende piedade e
perdoai a nossa culpa... e perdoai a nossa culpa".
Assembléia: "Porque nós somos vosso povo, que vem pedir vosso
perdão".
Cantor: "Cristo, tende piedade e perdoai a nossa culpa...
e perdoai a nossa culpa".
Assembléia: "Porque nós somos vosso povo, que vem pedir vosso
perdão".
Cantor: "Senhor, tende piedade e perdoai a nossa culpa...
e perdoai a nossa culpa".
Assembléia: "Porque nós somos vosso povo, que vem pedir vosso
perdão".
Terminado o Ato Penitencial, o sacerdote
concede a absolvição, de forma espontânea ou utilizando a fórmula:
Deus todo-poderoso tenha compaixão de
nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.
E assembléia conclui com um Amém!.
- HINO DE LOUVOR
O "Glória" é hino à Santíssima Trindade
que segue ao Ato Penitencial para expressar o nosso agredecimento
e felicidade pelo perdão de Deus.
Pode ser recitado ou cantado mas, seja
como for, deve ser feito de forma alegre e não carrancuda.
Para isso, devemos nos inspirar na alegria
do rei Davi (At 3,8-9), no Magnificat de Maria Santíssima (Lc
1,46-47), no anúncio dos santos anjos (Lc 2,14), em Simeão ao
ver o menino Jesus (Lc 2,29-32).
Sendo recitado, deve seguir a fórmula:
Glória a Deus nas alturas
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso,
nós vos amamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
Nós vos damos graças por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo,
Filho unigênito,
Senhor Deus, cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai,
vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós;
vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica;
vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só vós sois o Santo,
só vós o Senhor,
só vós o Altíssimo, Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.
Essa recitação, para maior beleza, poderá
ser feita em dois coros: o da direita e o da esquerda, o dos homens
e o das mulheres, ou qualquer outra combinação.
Se for cantado e não for possível seguir
literalmente a fórmula acima, a música deverá conter, pelo menos,
o glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, isto é, deverá
glorificar cada uma das pessoas da Santíssima Trindade. Da mesma
forma que o Ato Penitencial, também existem diversas músicas que
glorificam a Santíssima Trindade; entre elas, escolhemos a seguinte,
a título de ilustração:
- Glória a Deus nos altos céus!
Paz na terra a seus amados!
A vós louvam, Rei celeste,
os que foram libertados.
Refrão: - Glória a Deus, lá
nos céus e paz aos seus. Amém!
- Deus e Pai, nós vos louvamos,
adoramos, bendizemos,
damos glória ao vosso nome,
vossos dons agradecemos.
- Senhor nosso, Jesus Cristo,
Unigênito do Pai,
vós de Deus Cordeiro santo,
nossas culpas perdoai!
- Vós que estais junto do Pai,
como nosso intercessor,
acolhei nossos pedidos,
atendei nosso clamor!
- Vós somente sois o Santo,
o Altíssimo, o Senhor,
com o Espírito Divino,
de Deus Pai no esplendor!
O "Glória" é cantado e recitado aos domingos
e nas festas dos santos. Não é recitado nem cantado durante o
período da Quaresma e do Advento, bem como durante os dias da
semana, porque tendo ele um sentido de alegria e solenidade, fica
sem sentido durante a Quaresma e o Advento, quando estamos nos
preparando para a alegria maior (a Páscoa e o Natal), e durante
os dias da semana, que tem sentido festivo. Fora essas exceções,
o "Glória" deverá ser sempre recitado ou cantado, ou seja, não
poderá ser omitido de forma alguma.
- ORAÇÃO COLETA
A oração coleta assinala a última parte
dos ritos introdutórios da Santa Missa. Tem o nome de "coleta"
porque visa reunir em uma única oração todas as orações da comunidade.
Ela sempre se inicia com um solene "Oremos",
proclamado pelo sacerdote, seguido de um instante de silêncio
onde a comunidade pode orar em silêncio e tomar consciência de
que está na presença de Deus, com quem se relacionará filialmente.
A seguir, o sacerdote eleva as mãos e
profere a oração oficial, própria do tempo, da solenidade ou da
memória, em nome de toda a Igreja. Elevando as mãos, o sacerdote
simboliza a oração do povo de Deus se elevando até Ele.
Se a oração for dirigida a Deus Pai, será
concluída com as palavras:
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo.
Mas, se a oração for dirigida ao Pai e
se encerrar com a palavra Filho, o sacerdote usará, ao invés,
as palavras:
...que convosco vive e reina, na unidade
do Espírito Santo.
Contudo, se a oração for dirigida ao Senhor
Jesus Cristo, o sacerdote concluirá a oração coleta com os seguintes
dizeres:
Vós que sois Deus, com o Pai e o Espírito
Santo.
Vemos, assim, que a oração é dedicada
à Santíssima Trindade, não havendo, portanto, distinção entre
as Pessoas, como se fossem três deuses, o que seria impossível.
Concluindo a oração coleta com essas palavras,
toda a comunidade aclama com um firme "Amém" e dá-se início
ao Rito da Palavra.
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